sábado, 6 de março de 2010

As mulheres que nos habitam

Quantas mulheres, existem dentro de uma mesma mulher? Quantas estrelas, cintilam na noite de um único céu? Quantos rios, desaguam num mesmo oceano? Quantos beijos, aguardam ansiosos, o naufrágio em uma única boca? São Marias, Joanas, Teresas. Cada qual, esconde os seus segredos, suas paixões, suas dúvidas, seus desejos. Rugas, brotadas pelo tempo que ainda insiste em disfarçar a sua essência. Na batalha pelo prazer, eis que surgem: guerreiras, invasoras, desveladas. Quantas delas, se perderam sem jamais terem sido notadas? Quantas, perderam seu brilho abafadas pela dor, pelos traumas, pelos desamores?! E quantas outras, ainda insistem em impor sua presença, ainda que percam a alma... Quantas mulheres ofuscam como estrelas? Quantas estrelas, guardam em si, uma Maria? Caminhos percorridos, tendo somente seu instinto como guia. Temores resguardados pela subtileza de um único verbo: Amar. Esperas, desvios, enganos, traições, pactos e implosões de desencontros. Mesmo em derrota, ainda lampeja a primazia de toda a sua existência: Apaixonarem-se.
Ah! Elas são bocas que não calam o desejo deste beijo. Num empurra-empurra de excelências, enroscam-se em seus membros, tropeçam em seus prazeres incontidos e absolutos, buscando ainda, o assalto primoroso desta peleja: Tornarem-se estrelas, no espectáculo do seu êxtase!



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